Grupo de Pesquisa e Extensão "Repressão e resistência à ditadura civil-militar no Tocantins" (antigo norte goiano)

O Tocantins foi palco de diversos desaparecimentos durante a ditadura militar e, pelas pesquisas desenvolvidas até o momento, a maioria deles vinculados à guerrilha do Araguaia. Entretanto, a repressão, a perseguição aos opositores e as violações dos direitos humanos extrapolaram em muito o episódio da guerrilha. É possível mencionar ao menos nove casos de militantes políticos desaparecidos em diversas cidades do antigo norte goiano, atual estado do Tocantins, além de algumas dezenas de camponeses desaparecidos, torturados ou assassinados pela ditadura. Acompanhando o esforço que vem sendo feito tanto no âmbito nacional quanto estadual, este programa de extensão pretende contribuir para a recuperação da memória popular sobre a repressão e a resistência no estado do Tocantins, por em evidência as violações dos direitos humanos e a estrutura repressiva do período, através ações como:registro das memórias populares sobre a ditadura civil-militar, através da utilização da metodologia da história oral, organização e digitalização dos acervos da Comsaúde de Porto Nacional, que guarda um importante acervo da época da ditadura, minicursos, eventos e ciclos de cinema. O programa é vinculado ao curso de História da Universidade Federal do Tocantins, campus de Porto Nacional, visa garantir à sociedade interessada o conhecimento desse período e é realizado em parceria com o Comitê Estadual pela Memória, Verdade e Justiça do Tocantins, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça , a Ordem dos Advogados do Brasil secção Tocantins, o Centro de Direitos Humanos de Palmas e o Centro de Direitos Humanos de Porto Nacional.